Religião

Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal amplia prazo para pedido de compensação para vítimas de abusos

Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal amplia prazo para pedido de compensação para vítimas de abusos
Publicado em 21/11/2024 às 12:38

A Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) decidiu, em sua Assembleia Geral que aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro, em Fátima, ampliar até 31 de março de 2025 o prazo para que vítimas de abusos na Igreja em Portugal possam fazer o pedido para compensação financeira. O prazo se encerraria em 31 de dezembro.

“A Assembleia Geral da CIRP refletiu sobre o processo de atribuição de compensações financeiras às vítimas de abusos sexuais que está em curso no seio da Igreja Católica em Portugal e, em comunhão com a Conferência Episcopal Portuguesa, acolheu a promulgação da adenda com algumas clarificações ao Regulamento publicado e o alargamento do prazo de apresentação dos pedidos até 31 de março de 2025”, diz comunicado da CIRP.

Em abril deste ano, a CEP e a CIRP aprovaram a atribuição de compensação financeira a vítimas de abusos sexuais contra crianças e vulneráveis na Igreja em Portugal. A apresentação formal dos pedidos teve início em 1 de junho e, inicialmente, terminaria em 31 de dezembro.

Mas, na 210ª Assembleia Plenária da CEP, que aconteceu de 11 a 14 de novembro, em Fátima, a conferência decidiu ampliar o prazo até 31 de março de 2025. Na ocasião, a CEP também aprovou “uma adenda com algumas clarificações ao processo em curso”, especificando que a ampliação do prazo para pedidos de compensação financeira “não atrasa o andamento dos processos, pois estes já estão sendo tratados”.

No comunicado publicado depois de sua assembleia geral, a CIRP manifestou “total proximidade para com todas as vítimas e o seu profundo sofrimento” e garantiu que “serão acolhidos todos os pedidos que sejam feitos após o término deste período”.

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Abusos na Igreja em Portugal

Em fevereiro de 2023, foi divulgado o relatório final da Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica em Portugal. Segundo o documento, de 1950 a 2022, há pelo menos 4.815 vítimas no país.

Depois da divulgação do relatório, a CEP criou o Grupo VITA, um grupo de acompanhamento das situações de abuso sexual de crianças e adultos vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal.

A Conferência dos Institutos Religiosos agradeceu “o trabalho competente que tem vindo a ser desenvolvido pelo Grupo VITA, quer no acolhimento às vítimas e seu acompanhamento, quer na formação e capacitação das mais diversas estruturas eclesiásticas em Portugal para atuarem na prevenção e evitar que tais situações dramáticas se voltem a repetir”.

ITARARÉ