Religião

Como falar de Deus foi tema de catequese de Bento XVI há 12 anos

Como falar de Deus foi tema de catequese de Bento XVI há 12 anos
Publicado em 29/11/2024 às 9:59

O papa Bento XVI respondeu à pergunta “Como falar de Deus”, na Audiência Geral de 28 de novembro de 2012, durante o Ano da Fé convocado por ele.

“A primeira resposta é que nós podemos falar de Deus, porque Ele falou conosco. Portanto, a primeira condição para falar de Deus é a escuta daquilo que o próprio Deus disse”, disse o papa na Audiência Geral daquele dia.

Bento XVI disse que “Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática muito distante de nós. Deus interessa-se por nós, ama-nos, entrou pessoalmente na realidade da nossa história e comunicou-se a si mesmo a ponto de se encarnar” em Jesus que ensina a “arte de viver”, o caminho da felicidade; “para nos libertar do pecado e para nos tornar filhos de Deus”.

“Falar de Deus”, continuou Bento XVI, “quer dizer, antes de tudo, ter bem claro o que devemos levar aos homens e às mulheres do nosso tempo: não um Deus abstrato, uma hipótese, mas um Deus concreto, um Deus que existe, que entrou na história e está presente na história; o Deus de Jesus Cristo como resposta à pergunta fundamental do porquê e do como viver”.

Por isso, “falar de Deus exige uma familiaridade com Jesus e com o seu Evangelho, supõe um nosso conhecimento pessoal e real de Deus, e uma forte paixão pelo seu desígnio de salvação, sem ceder à tentação do sucesso, mas seguindo o método do próprio Deus” que é “o da humildade – Deus faz-se um de nós-“.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

“É o método realizado na Encarnação na simples casa de Nazaré e na gruta de Belém, o da parábola do pequeno grão de mostarda. É preciso não temer a humildade dos pequenos passos e confiar no fermento que se mistura com a massa e que, lentamente, a faz crescer”, exortou então o papa Bento XVI.

“Devemos estar atentos”, continuou, para “captar os sinais dos tempos na nossa época, ou seja, a identificar as potencialidades, os desejos, os obstáculos que se encontram na cultura atual, de modo particular o desejo de autenticidade, o anseio pela transcendência, a sensibilidade pela salvaguarda da criação, e comunicar sem temor a resposta oferecida pela fé em Deus”.

Este falar de Deus tem um lugar privilegiado na família, pois os pais são chamados a assumir “a responsabilidade de educar, de abrir as consciências dos pequeninos ao amor de Deus, como um serviço fundamental à sua vida, de ser os primeiros catequistas e mestres da fé para os seus filhos”.

“É importante ajudar todos os membros da família a compreender que a fé não é um peso, mas uma fonte de júbilo profundo, é entender a obra de Deus, reconhecer a presença do bem, que não faz ruído; e oferece orientações preciosas para viver bem a própria existência”.

Bento XVI concluiu dizendo que “falar de Deus quer dizer fazer compreender com a palavra e com a vida que Deus não é o concorrente da nossa existência, mas sobretudo o seu verdadeiro garante, o protetor da grandeza da pessoa humana”.

ITARARÉ