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Governo de SP fortalece estrutura dos Centros de Referência de Assistência Social no estado

Governo de SP fortalece estrutura dos Centros de Referência de Assistência Social no estado
Publicado em 14/01/2025 às 10:56

O Estado de São Paulo tem 1.210 unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) que oferecem acolhida, orientação, atendimento e acompanhamento social às famílias em situação desproteção social.

“É o maior aliado da população mais carente e desprotegida”, define o assistente social Thiago da Costa. É por meio do CRAS que a população tem acesso a serviços, benefícios e programas socioassistenciais e de desenvolvimento social executados pelo município e cofinanciados pelos governos estadual e federal. “Em outras palavras, é onde as famílias em situação de vulnerabilidade encontram acolhida, orientação, acompanhamento e atendimento social”, explica a coordenadora de Assistência Social da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS), Tatiane Magalhães.

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Desde o início de 2023, o Governo do Estado de São Paulo já financiou, de forma integral ou parcial, a instalação de 19 novos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em 17 municípios: Andradina, Araçatuba, Bauru, Birigui, Buritama, Cafelândia, Cravinhos, Igaraçu do Tietê, Itupeva, Santa Branca, Bananal, Ribeirão Preto (duas unidades), Caraguatatuba, Franca (duas unidades), Lençóis Paulista, São Carlos e Tabatinga. Isso foi possível graças à Resolução nº33/2021, que autoriza repasse, via Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS), de recursos financeiros para custeio de ações com esta finalidade.

A iniciativa tem feito a diferença na vida de muita gente. “O trabalho das equipes não apenas previne situações de risco, mas também garante proteção social, acesso a direitos, e o fortalecimento de vínculos familiares e com os territórios em que as pessoas transitam e exercem sua cidadania”, diz Tatiane.

O assistente social Thiago da Costa atualmente é coordenador técnico do CRAS Promissão, um dos seis existentes em Diadema, junto a um CRAS Móvel. As maiores demandas da unidade, inaugurada em maio de 2024, são por orientações sobre acesso a programas de transferência de renda, como Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de inclusão e atualização no CadÚnico e solicitação de apoio às situações familiares.

Além da acolhida realizada na recepção, a unidade conta com auditório para ações coletivas e sala reservada para atendimentos individuais “As pessoas que nos procuram muitas vezes já estão fragilizadas”, ressalta Costa. Uma de suas maiores preocupações, portanto, é reduzir ao máximo a burocracia e humanizar a relação entre trabalhador e usuário do serviço. “Nossa função não é só preencher formulário. Precisamos ter sensibilidade para entender as necessidades de quem nos procura e, assim, fazer os encaminhamentos corretos. Temos que conhecer as pessoas e ouvir suas histórias”, afirma.

No Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), por exemplo, a finalidade é dar protagonismo e proporcionar ações que garantam o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Isso significa que, além do acesso à renda, o trabalho envolve a prevenção, proteção e acesso às seguranças de acolhida, convívio e sobrevivência a riscos circunstanciais. Quando necessário, realiza-se o encaminhamento dos membros da família a outros atendimentos, uma vez que o PAIF é a referência para todos os serviços da proteção social básica. “Esse processo garante acesso qualificado da família à Assistência Social e a outros direitos sociais”, diz Tatiane.

Os técnicos do CRAS também podem ofertar ou ser a referência para entidades que executam o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e pessoas Idosas, com visitas regulares, identificação de demandas, potencialidades, oferta de cuidados e articulação de outras políticas. “O objetivo maior é prevenir o rompimento de vínculos familiares de pessoas dependentes de cuidados, garantir o acesso a direitos, o desenvolvimento da autonomia e a participação social dessas pessoas”, afirma a coordenadora.

ITARARÉ