Religião

Ministra espanhola diz que regras sobre comunhão têm que se submeter à Constituição

Ministra espanhola diz que regras sobre comunhão têm que se submeter à Constituição
Publicado em 22/01/2025 às 11:58

Ana Redondo, Ministra da Igualdade da Espanha, disse que as regras da Igreja sobre dar a Sagrada Comunhão deveriam ser interpretadas “à luz da Constituição” do país.

Redondo disse ao programa de televisão espanhol 59 segundos que a recusa de um padre em dar a comunhão a um prefeito homossexual poderia violar os princípios constitucionais de igualdade e não-discriminação.

Um pároco de Torrecaballeros negou a comunhão ao prefeito da cidade, que é assumidamente homossexual e vive “em regime matrimonial” com outro homem, segundo a diocese de Segóvia.

A ministra disse querer se reunir com a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) para discutir o tema.

Redondo diz que “nenhum setor, nenhuma administração e creio que nem a Igreja, embora não exista uma lei específica, possa escapar às regras constitucionais, ao princípio da igualdade e da não-discriminação do artigo 14” da Constituição da Espanha.

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A Constituição espanhola diz no artigo que “os espanhóis são iguais perante a lei, sem qualquer discriminação baseada em nascimento, raça, sexo, religião, opinião ou qualquer outra condição ou circunstância pessoal ou social”.

A política disse também que o artigo 16º da Constituição pode ser violado no sentido de que “não se pode exigir a um cidadão que decida se tem liberdade de religião e de consciência ou se tem liberdade na sua condição sexual”.

Essa disposição constitucional garante “a liberdade ideológica, religiosa e de culto” e estabelece que ninguém pode ser forçado a declarar “sua ideologia, religião ou crenças”.

A disposição diz também que não há uma religião oficial na Espanha e que “os poderes públicos terão em conta as crenças religiosas da sociedade espanhola e manterão as consequentes relações de cooperação com a Igreja Católica e outras confissões”.

A CEE disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que foi feito o pedido oficial de reunião, embora não tenha especificado quem serão os interlocutores nem o dia em que vai ocorrer.

ITARARÉ