Religião
Sejam anjos para quem sofre, diz papa a presidentes da Cáritas na América Latina
16 de jan de 2025 às 15:44
O papa Francisco falou ontem (15) sobre salvaguarda dos que sofrem injustiças em encontro no Vaticano com os presidentes da Cáritas da América Latina e do Caribe.
O papa comentou a definição da palavra “salvaguarda”: um sinal que em tempos de guerra é colocado, por ordem dos comandantes militares, na entrada das cidades ou nas portas das casas, para que seus soldados não façam mal a elas.
Francisco citou o profeta Ezequiel (cf. Ez. 9,4) e Apocalipse (cf. Ap. 7,3), em que o Senhor pede ao Seu anjo: “Marque com um sinal a testa daqueles que choram e se lamentam por causa de todas as abominações que são cometidas”.
“O Senhor pede a nós, seus enviados, que coloquemos o sinal de sua cruz abençoada na testa de todos aqueles que vêm à nossa Cáritas, gemendo e lamentando por tantas injustiças, até mesmo abominações, perpetradas contra eles”, disse o papa.
Francisco exortou os membros da Cáritas a colocar “virtualmente” esse sinal em cada ser humano que encontrem, reconhecendo nele “a sua dignidade de irmão em Cristo, redimido pelo sangue do Salvador”.
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Segundo o papa Francisco, “salvaguarda” é um nome divino, pois “é o próprio Cristo escrito na testa de cada homem e mulher e, como num espelho, no coração de cada um daqueles que, na nossa fragilidade, quer ser portador do seu amor, em pequenos gestos de caridade e cuidado”.
Por fim, o papa disse querer que Jesus “recompense todos os seus esforços, que o Espírito Santo guie seus trabalhos e que a Virgem Santa os cubra com seu manto, para que aprendam com ela a levar cuidado e proteção a todos os homens”.
A Cáritas América Latina e Caribe é uma rede formada por 22 Cáritas nacionais, cuja missão é incentivar e coordenar a caridade organizada da Igreja com um compromisso sincero na luta contra as injustiças que levam à pobreza e à exclusão de pessoas em situação de maior marginalização e vulnerabilidade.
A rede trabalha através de alianças estratégicas e cooperação com vários organismos eclesiais, instituições e organizações da sociedade civil, parceiros sociais e governos para promover a justiça social e ambiental através da inclusão, integração, desenvolvimento humano integral e resposta humanitária.