Política

Sem acordo, PEC do corte de gastos sai da pauta de votação na Câmara

Sem acordo, PEC do corte de gastos sai da pauta de votação na Câmara
Publicado em 05/12/2024 às 3:38

Sem acordo para votação, a PEC do corte de gastos foi retirada da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara desta quarta-feira (4). O governo tem pressa e quer ver o texto aprovado no plenário da casa antes do dia 18 deste mês. Isso para dar tempo da proposta, que entre outros pontos trata de regras para abono salarial e supersalário de servidores, ir direto para o Senado.

Durante a sessão, foi feito um apelo para que o presidente da Casa, Arthur Lira, paute a PEC direto no plenário, o que dá agilidade na tramitação. Foi o que disse o líder do governo, José Guimarães (PT).

“É direito nosso como membro dessa Comissão querer apressar a votação. É direito conquistado por vossa excelência quando fora governo, que muitas vezes levava matéria direto para o plenário e há precedentes aqui nesta Comissão”.

Entre os precedentes, está a PEC Emergencial, votada direto em plenário durante a pandemia.

O acordo nesta quarta-feira era para votar o corte de gastos sem pedido de vista em troca da análise da PEC do BNDES, que dá ao Congresso o poder de autorizar ou não financiamentos do banco no exterior. Como houve pedido de vista, nada de acordo. A oposição protestou. O deputado Mendonça Filho (União Brasil)  foi um deles.

“Tá claro que o governo vai querer passar por cima da CCJ. Levar uma PEC para o Plenário, uma Proposta de Emenda à Constituição, o que é uma aberração regimental e constitucional”.

Uma Proposta de Emenda à Constituição deve passar primeiro pela CCJ e depois por uma comissão especial, onde deve ficar por dez sessões, antes de ir para o plenário e enfrentar dois turnos de votação.

Os outros dois projetos que tratam do corte de gastos: o de lei complementar e o de lei ordinária aguardam votação da urgência em plenário. Na prática, isso agiliza a tramitação e permite a análise sem passar pelas comissões. O governo quer aprovar todo o pacote antes do recesso. Compromisso já firmado pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.


ITARARÉ