Religião

Trump anistia 23 ativistas pró-vida presos como tinha prometido

Trump anistia 23 ativistas pró-vida presos como tinha prometido
Publicado em 24/01/2025 às 9:44

Donald Trump concedeu perdão ontem (23) a 23 ativistas pró-vida presos, cumprindo uma promessa feita na campanha presidencial.

O presidente americano assinou ontem os perdões no Salão Oval da Casa Branca, um dia antes da Marcha pela Vida, realizada hoje (24) em Washington, D.C., capital dos EUA, segundo o grupo católico conservador Thomas More Society.

Na semana passada, o grupo de defesa jurídica da liberdade religiosa pediu a Trump que emitisse 21 perdões individuais para ativistas pró-vida que foram presos por violar a Lei Federal de Liberdade de Acesso a Entradas de Clínicas (FACE, na sigla em inglês) e o estatuto “Conspiração Contra Direitos” enquanto participavam pacificamente de protestos em clínicas de aborto.

Vários dos condenados e presos eram idosos e tinham problemas de saúde.

Pelo menos duas vezes em sua campanha presidencial no ano passado, Trump disse que pretendia libertar ativistas pró-vida que estão atualmente presos.

“Esses pacíficos americanos pró-vida maltratados por Biden incluem avós, pastores, um sobrevivente do Holocausto e um padre católico — todos são patriotas altruístas e sinceros”, diz a petição do grupo de defesa legal com sede em Chicago.

Nos quatro anos de mandato do ex-presidente Joe Biden, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ, na sigla em inglês) apresentou acusações contra mais de 30 pessoas que participaram de manifestações pró-vida sob a Lei FACE, legislação da década de 1990 para aumentar as penalidades para pessoas que obstruíssem o acesso a clínicas de aborto ou centros de recursos para gravidez.

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A Lei FACE foi sancionada pelo presidente democrata Bill Clinton em 1994. Ela impõe penas a indivíduos condenados por “conduta violenta, ameaçadora, prejudicial e obstrutiva” que interfira no acesso a clínicas de aborto, locais de culto e centros de gravidez.

Embora as penas mais duras da Lei FACE também se apliquem a pessoas que obstruem ou danificam centros de gravidez pró-vida, o Departamento de Justiça dos EUA sob Biden só apresentou acusações em dois casos relacionados a ataques a essas instalações, apesar de mais de 100 incidentes terem ocorrido em seu mandato.

“Enquanto os promotores de Biden ignoraram quase completamente os ataques com bombas incendiárias e o vandalismo de centenas de igrejas pró-vida e centros de gravidez, eles perseguiram cruelmente os americanos pró-vida”, diz também a petição.

A pena mais longa foi dada no ano passado a Lauren Handy, que pegou quatro anos e nove meses de prisão por seu papel num protesto numa clínica de aborto em Washington, D.C. A segunda pena mais longa também foi dada no ano passado a Bevelyn Beatty Williams, que pegou três anos e cinco meses de prisão por um protesto dentro de uma clínica de aborto na cidade de Nova York.

Vários ativistas pró-vida na faixa dos 70 anos também pegaram penas de vários anos por seus protestos.

“Esses 21 pacíficos pró-vida, muitos dos quais estão atualmente presos por defenderem bravamente a vida dos nascituros, são cidadãos íntegros e pilares de suas comunidades”, disse Steve Crampton, conselheiro sênior da Thomas More Society.

ITARARÉ