Religião
Trump proíbe ‘mutilação química e cirúrgica’ para ‘mudança de sexo’ de crianças
30 de jan de 2025 às 14:08
O presidente dos EUA, Donald Trump, publicou um decreto que restringe drogas e cirurgias de “mudança de sexo” para menores. Os EUA “não vão financiar, patrocinar, promover, ajudar ou apoiar” esse tipo de procedimento, disse o presidente.
O decreto “Protegendo Crianças de Mutilação Química e Cirúrgica”, diz que por todos os EUA “profissionais médicos estão mutilando e esterilizando um número cada vez maior de crianças impressionáveis” sobre a “alegação falsa e radical de que adultos podem mudar o sexo de uma criança através de uma série de intervenções médicas irreversíveis”.
“Essa tendência perigosa será uma mancha na história de nossa nação, e isso tem que acabar”, diz o decreto.
O decreto estabelece que, para oferecer bolsas de pesquisa ou estudo a instituições médicas, todas as agências federais tem que se assegurar de que as instituições beneficiadas não fazem procedimentos de “mudança de sexo” em menores.
O decreto ordena que o secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) “tome toda ação apropriada” para “dar fim à mutilação química e cirúrgica de crianças”.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O decreto busca acabar com o uso do que chama de “ciência lixo” promovida pela Associação Profissional Mundial para Saúde Transgênero (WPATH, na sigla em inglês). A organização foi criticada por apoiar o que os críticos chamaram de “pseudociência” da “mudança de sexo”. Um vazamento interno no ano passado revelou que membros da WPATH admitiram que as crianças são muito jovens para entender completamente as consequências dos procedimentos.
As agências federais “devem rescindir ou alterar todas as políticas” com base na orientação da WPATH, diz o decreto de Trump de terça-feira (28). O HHS, enquanto isso, vai fazer e publicar uma revisão das “melhores práticas para promover a saúde de crianças que afirmam disforia de gênero”, distúrbio que seria o responsável por algumas pessoas se identificarem com o sexo oposto.
Em dezembro, o então presidente eleito Trump prometeu assinar decretos para acabar com cirurgias de “mudança de sexo” em crianças, impedir que homens que se identificam como mulheres pratiquem esportes femininos e acabar com a promoção da ideologia de gênero nas escolas e nas forças armadas.
Na semana passada, o presidente assinou um decreto chamado “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero”, que a Casa Branca diz que restaura a “verdade biológica para o governo federal”.
Entre outras medidas abrangentes, a ordem estabeleceu um reconhecimento governamental da realidade do sexo natural, incluindo a afirmação explícita de que só existem dois sexos, masculino e feminino.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.
A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador”.